segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Panorama da greve de ônibus em Curitiba

     Conforme anunciado pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) de Curitiba, capital paranaense, iniciou na data de hoje (26/01/2015) a greve geral de ônibus na cidade e região Metropolitana. 



    Na manha de hoje nenhum ônibus saiu de nenhuma garagem, esta que iniciou durante a madrugada. No portão das garagens foram colocados ônibus em frente aos portões com os pneus murchos, afim de que nenhum ônibus saia para circulação, e se algum ônibus conseguisse sair da garagem ao chegar nos terminais seriam murchos os pneus. 
   Na data de sábado (24/01/2015) saiu uma nota em nome do TRT exigindo que a capital rodasse com a frota de 70% em horários de pico e 50% nos demais horários, se isto fosse descumprido, a aplicação de multa sobre o sindicato era a forma de punição. 


  O Sindimoc afirmou não ter sido notificado judicialmente a exigência do TRT para circulação de frota mínima na cidade e região, sendo assim seria mantida a paralisação geral da frota. O sindicato aguarda representantes do governo e município, afim de obter uma negociação e finalizem a greve, se isto não acontecer o sindicato garante que a greve será geral. 


   O início desta greve foi devido a primeiro, o não pagamento dos funcionários da categoria, este pagamento é feito no dia 20 de cada mês. Esse pagamento é o conhecido "vale",  não foi feito por 80% das empresas na cidade. 
    Este pagamento é feito pelo repasse pelo dinheiro do governo estadual e governo municipal, mas a prefeitura municipal alega que o não pagamento dos funcionários do transporte coletivo não foi feito pois o governo federal não fez o repasse dos subsídios. 

       A segunda exigência é de que as empresas não fizeram um repasse de R$ 48.30 por funcionário ao Fundo de Assistência Médica do Trabalhador. Estes repasses são feitos mensalmente, e desde o ano de 2012 estão atrasados, e nos últimos dois meses esta pauta se tornou um caos, devido ao corte de consultas com os especialistas. Esse sistema é utilizado devido as empresas não disporem de plano de saúde, e todos os trabalhadores utilizam o sistema como uma alternativa ao SUS (Sistema Único de Saúde). Com o não pagamento, todos os funcionários estão dependendo do Sus. 


        Para facilitar o transporte de pessoas na cidade, a URBS desde a madrugada está cadastrando veículos para transporte alternativo, para isto o veículo recebe uma vistoria, e também os documentos do veículo e condutor são exigidos. A taxa máxima a ser paga é de R$ 6 um valor mais alto é uso indevido e deve ser denunciado a mesma. A URBS pede a todos que se atentem quanto ao valor cobrado. 


          O trânsito na capital hoje ficou com muitos pontos de congestionamento, pois diante do anúncio da greve, todos tiveram que sair com seus veículos para ir ao trabalho, faculdade e outros. 


         Ainda no final da manhã, o TRT informou diante de uma nota a elevação do valor da multa aplicada sobre o sindicato organizador da greve, no início desta manha a multa aplicada sobre o sindicato por falta de circulação de frota mínima de veículos era de R$ 50 mil, mas a Urbs acusa o Sindimoc por práticas abusivas de acontecimento da greve, assim sendo desrespeitada uma decisão judicial. O TRT representado pelo desembargador Benedito Xavier da Silva, aumentou o valor da multa ao Sindimoc por não cumprimento da frota mínima, indo de R$ 50 mil a R$ 300 mil diários. 

 

        Às 17h da tarde de hoje, vai acontecer uma audiência para tentar solucionar o início da greve, Nesta serão reunidos os seguintes representantes : Sindimoc, Urbs, Trabalhadores, e os demais envolvidos. Ainda não há previsão de fim da greve no momento.  

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